Atraso no pagamento do 13º salário pode levar a greve em Barbacena
O atraso também havia acontecido com relação ao 13º de 2014
O prazo legal para o pagamento do 13º salário de 2015 se encerrou, mas os servidores da Prefeitura Municipal de Barbacena ainda não receberam a gratificação. A situação já é corriqueira no município. Os trabalhadores também não contaram com a última parcela do décimo terceiro de 2014.
“A prefeitura tem agido com total falta de compromisso para com os servidores. Sistematicamente tem descumprido com suas obrigações legais. Os servidores ficam sem poder fazer qualquer planejamento de vida”, explica o professor municipal João Jabur. Além disso, os servidores não foram contemplados com o reajuste salarial de 2013, mesmo sendo este aprovado por lei. As perspectivas para a recomposição salarial em 2015 também são incertas.
O Executivo enviou para a Câmara de Vereadores um projeto de lei que conferiria aos servidores da ativa, pensionistas e aposentados um reajuste de 11,67% parcelado em dez vezes e vinculado à arrecadação municipal. O projeto recebeu emenda aprovada por unanimidade pelos vereadores e apoiada pelo Sindicato dos Servidores. Segundo a proposta, o 13º salário, assim como o reajuste, deve ser pago em três parcelas a partir de março de 2016.
O projeto segue agora para a aprovação ou não do prefeito Toninho Andrada (atual PSB). “Nós estamos aguardando a posição do prefeito. Caso o projeto seja vetado, nós nos mobilizaremos e há possibilidade de greve”, afirma Almir de Paulo Ferreira, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Barbacena.
Procurado pela equipe da VAN, o Secretário de Fazenda, José Francisco Milagres alega que os atrasos são fruto da crise financeira do país. “As nossas despesas aumentaram, porque tudo subiu e os repasses federais e municipais diminuíram”, argumenta.
Quanto ao décimo terceiro referente a 2016, o Secretário garante que a Prefeitura fará o possível para que não haja atrasos. “Estamos reduzindo gastos, o que é um desafio, já que não podemos diminuir o volume de serviços”, conclui.
TEXTO/VAN: Ana Resende Quadros