Arte e resgate: grupo de mulheres produz peças artesanais em Ritápolis
Em Ritápolis, no interior de Minas Gerais, o artesanato é uma prática comum, utilizada não só com interesse comercial, mas também como forma de entretenimento. Hoje, um grupo de 10 artesãs se encontra duas vezes por semana, em um espaço cedido pela Prefeitura Municipal, para desenvolverem a atividade e ainda aproveitam a reunião para interagirem com as amigas, colocar o papo em dia e trocar experiências.
Há cerca de nove anos, surgiu na cidade, a partir de iniciativa do Instituto Acaia de São Paulo, um projeto visando aperfeiçoar a prática do artesanato, mas devido à falta de interesse dos participantes ele não durou. Em 2008, foi oferecido um curso de associativismo e as poucas integrantes se empenharam em participar das aulas, o que acabou despertando nelas o interesse de se associarem e dar continuidade ao trabalho artesanal.
Há cerca de nove anos, surgiu na cidade, a partir de iniciativa do Instituto Acaia de São Paulo, um projeto visando aperfeiçoar a prática do artesanato, mas devido à falta de interesse dos participantes ele não durou. Em 2008, foi oferecido um curso de associativismo e as poucas integrantes se empenharam em participar das aulas, o que acabou despertando nelas o interesse de se associarem e dar continuidade ao trabalho artesanal.
Depois de muito trabalho, a coordenadora do grupo de artesãs, Catarina Maria dos Santos e suas companheiras conseguiram o registro na Associação dos Artesãos de Minas Gerais, com o apoio da professora da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Lucinha Guimarães. Assim, foi criada em Ritápolis a Associação de Artesãs Fios e Linhas Gabirobinhas.
O artesanato desenvolvido pelas associadas é simples: elas utilizam como material de produção apenas linhas, de todos os tipos, e panos. O diferencial dessas peças artesanais produzidas em Ritápolis está no fato de que as artesãs não utilizam nenhum tipo de máquina na confecção. “Os bordados da vovó”, nome dado a um dos modelos artesanais mais antigos produzidos por elas, por exemplo, são inspirados na natureza (pássaros, flores e frutos da região).
“O grupo é para nós uma forma de lazer, terapia e complemento. Reunir é muito agradável, tanto pela amizade como pelo bem-estar que sentimos em produzir”, comentam as artesãs Telma Nazaré Souza e Rosa Mística de Oliveira Silva, quando perguntadas sobre o valor e representação do artesanato no dia-a-dia.
A Associação incentiva a geração de renda para as famílias por meio da confecção de bordados, que resgatam pontos antigos como matiz, cheio, caseado, areia, casinha de abelha e outros, em toalhas de mesa, toalhinhas de lavabo, joguinhos americanos, fuxicos, bolsas e peças por encomendas.
Atualmente, as associadas participam de exposições, que é o principal meio de comercialização dos produtos artesanais, além de vendê-los em lojas de artesanato e no Centro Cultural Feminino, em São João del-Rei.
Reportagem e fotos: Rhafaela Resende.
—
Para copiar e reproduzir qualquer conteúdo da VAN, envie um e-mail para vanufsj@gmail.com, solicitando a reportagem desejada. É simples e gratuito.