Moradores e turistas reclamam do preço e da qualidade do serviço prestado pela empresa Central Park

O estacionamento rotativo vem funcionando desde maio de 2017, na região do Centro Histórico de São João del-Rei. A chamada “zona azul” foi um meio encontrado pela Prefeitura Municipal de melhorar as condições de trânsito e estacionamento no Centro da cidade, após reclamações dos moradores.

Motoristas e motociclistas que utilizam a “zona azul” devem pagar uma taxa de 2 reais (para carro) e 1 real (para moto) a hora por ocupação da vaga, o tempo limite de estacionamento é de 5 horas. A tolerância é de 10 minutos para o condutor do veículo ou motocicleta não pagar o rotativo, desde que o motorista esteja no volante. Proprietários de imóveis das regiões demarcadas que não tem garagem em suas residências não pagam.

Ao usuário que não pagar o serviço, e extrapolar 10 minutos do limite comprado ou o limite de 5 horas, é feita uma notificação e a cobrança de uma taxa de 20 reais para carros e 11 reais para motos, que podem ser pagas em até 2 dias úteis. Caso o pagamento não ocorra, a notificação é enviada ao Detran, onde é gerada uma multa de 195,23 reais e perda de 5 pontos na carteira.

 

Avenida Tiradentes é uma das avenidas demarcadas pelo rotativo.

A técnica de enfermagem Márcia Braga, 54, reclama da quantidade de funcionários que a empresa disponibiliza. Segundo ela, muitas vezes acaba não achando nenhum funcionário na rua para a compra do ticket de horas e acaba sendo multada pelos fiscais. O turista Valdir Garcia, 58, reclama do preço do estacionamento. Para ele, o preço para uma cidade como São João del-Rei não é acessível às pessoas que precisam utilizar o serviço: “na minha cidade [São José do Rio Pardo-SP], eu pago 1 real por 1 hora, aqui é o dobro, além de ter que correr atrás dos funcionários, senão me multam”, disse.

O vigilante Cléber Fonseca, 62, reclama da segurança do estacionamento. Para ele, em um estacionamento privado a segurança é maior que no rotativo, o que não deveria acontecer, já que os dois são pagos. O representante comercial Adriano Henriques, 35, acredita que o estacionamento deveria ser informatizado, o que adiantaria a vida dos usuários do serviço para que não precisem ir atrás dos fiscais que, segundo ele: “são poucos, para procurá-los é difícil mas, para multar, aparecem rápido”, argumentou.

Além disso, a empresa que administra o rotativo, está em déficit de 500 mil reais à prefeitura. 200 mil já foram pagos e o restante será parcelado em doze vezes.

Procurada pela Equipe VAN, a empresa Central Park não quis se manifestar sobre o assunto.

Texto/VAN: Emerson William
Foto/VAN: Emerson William  

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