Um olhar para o Sagrado
Por Amanda Vitória, Gabriela Bastos, Lívia Moreira e Camila Ferraz
Este ensaio fotográfico foi desenvolvido a partir da visita ao Templo Umbandista Caboclo Sete Flechas, dirigido por Mãe Lunna de Iansã. A escolha do terreiro de Umbanda se deu pelo reconhecimento de que esta religião de matriz africana, desde suas origens, é alvo de preconceitos resultantes do racismo estrutural que marca a sociedade brasileira.
Por suas raízes negras e indígenas, a Umbanda sofre uma depreciação histórica, sendo frequentemente associada a práticas negativas ou demonizadas, ao contrário de religiões de origem europeia, mais facilmente legitimadas. Esse olhar discriminatório não recai sobre a fé em si, mas sobre quem a constituiu: corpos negros, periféricos e culturalmente marginalizados. Assim, visitar e registrar o terreiro é também um modo de reconhecer e valorizar a resistência e a riqueza das tradições afro-brasileiras, que persistem apesar das tentativas históricas de apagamento.
O ensaio destaca elementos simbólicos das entidades cultuadas, como os caboclos e pretos-velhos, evidenciando a beleza das indumentárias e dos rituais que compõem as giras realizadas no templo. As imagens capturam a conexão espiritual e a devoção dos frequentadores, além de homenagear a memória ancestral preservada pela comunidade umbandista.
Confira agora os cliques!









Fotos: Lívia Moreira e Camila Ferraz