A equipe competiu pela SAE Brasil AeroDesign 2017, mantendo o título de campeã e a vaga para o mundial.

 

A competição que aconteceu na última semana do mês de outubro, de 26 a 29, consagrou a equipe mineira em São José dos Campos (SP) no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, campeã nacional. Carregando valores como comprometimento, vontade de vencer, espírito de equipe e dedicação, o grupo assegurou a vaga no mundial que acontecerá em Lakeland, Flórida entre os dias 9 e 11 de março do próximo ano.

 

Criada em 2009 pelos alunos do curso de Engenharia Mecânica da UFSJ, hoje a equipe é composta, também, por graduandos nos cursos de Engenharia Elétrica e de Produção. A trajetória de sucesso vem sendo acompanhada pelo professor orientador Cláudio Pellegrini, que assumiu a equipe formalmente no ano de 2012. O profissional conta que assumir essa responsabilidade veio de maneira natural, entretanto, o mesmo não tinha ideia da magnitude do projeto. “A coisa foi tomando proporções que eu não imaginava e fomos nos envolvendo e dedicando cada vez mais”, conta Pellegrini satisfeito com a escolha.

 

O professor destaca, ainda, a importância da iniciativa para os alunos envolvidos. “O projeto é uma excelente oportunidade para os estudantes colocarem  em prática a teoria aprendida em sala de aula”, explica. Além disso, “ o AeroDesign também os incentiva a desenvolver habilidades e competências não ensinadas durante o curso, à medida que muitas áreas da engenharia aeronáutica não sao cobertas pela grade curricular dos cursos de engenharia mecânica, elétrica e de produção”, ressalta o orientador. Pellegrini não deixa de lado o crescimento interno proporcionado pelo projeto fora do meio académico. Destaca o espírito de liderança, o compromisso e o trabalho em equipe como competências essenciais para quem visa o Trem Ki Voa Micro.

 

Nesta perspectiva, o capitão da equipe e estudante de engenharia mecânica, Fabricio Araujo, enxerga o projeto como uma experiência prévia do que será o seu trabalho dentro de uma empresa. “A equipe é dividida de maneira hierárquica e em setores, como quase todas as empresas”, destaca o estudante falando, ainda, da experiência do trabalho em equipe adquirido. Ademais, o capitão vê no projeto como um campo favorável à disseminação de ideias para tcc e enriquecimento da bagagem profissional do aluno.

 

Com relação ao momento da vitória, ambos destacam a emoção e responsabilidade ao serem consagrados campeões. Fabricio conta ter sido um grande desafio “comandar pessoas diferentes em pró de um objetivo comum sem receber nada por isso”. Confessa ter ficado mais tranquilo com o andamento do projeto, uma vez que observou o comprometimento e dedicação da equipe, facilitando o controle.

 

Já o professor orientador nos conta do lema do grupo “se não tiver emoção, não é Trem Ki Voa Micro” que já virou tradição após os voos. “Quando, ao final dos três dias de sufoco a Equipe finalmente é sagrada campeã, a sensação é mais de dever cumprido do que qualquer outra coisa”, relembra. Retrata o momento como um filme que passa pela cabeça todos, o resultado do ano de muita dedicação e entrega de todos os membros. “Não pretendo abrir mão de estar ao lado da minha Equipe enquanto a saúde permitir, na alegria ou na tristeza”.

 

Para o futuro do Trem Ki Voa Micro, Pellegrini vê um caminho brilhante para todos. “Trata-se portanto agora de manter o ritmo, procurando evoluir a cada ano, mantendo  o bom trabalho e o espírito de equipe”, alerta o professor. O capitão Fabrício se atém às expectativas para o mundial.  “Como ano passado não tivemos um bom resultado no mundial, esperamos dessa vez surpreender com criatividade e um projeto de excelência”, garante o estudante.

TEXTO/VAN: Victória Souza

FOTO/VAN: Divulgação Trem Ki Voa

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