Texto: Louise Zin

Muitos pais e responsáveis ainda vem encontrando dificuldades em aceitar que a vacina é um recurso que pode ser usado para proteger seus filhos e a sociedade como um todo. Apesar do crescente número de crianças tomando vacinas, ainda existe muita resistência por parte dos pais

Herbert José Fernandes, mestre em Ciências da Saúde com foco em Doenças Infecciosas e Parasitárias explica que “Se você for olhar, tem a morte de crianças por covid, no Brasil já tem mais de mil mortes, enquanto nos Estados Unidos, mais de 10 mil crianças já foram vacinadas e não morreram.” Ele ainda ressalta que a vacina serve para proteger as crianças contra as mortes por covid. 

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Elisa, mãe de uma menina de 9 anos optou por vacinar sua filha, ela afirmou que “A vacina é a melhor coisa a se fazer, ainda mais em uma época de surto que estamos vivendo. Às vezes a gente, como pai e mãe, fica um pouco apreensivo, porque já tivemos relatos, de pediatras, inclusive, que são contra a vacina, principalmente baseado na marca que está sendo aplicada. Então para nós é muito complicado, porque se você opta por vacinar tem os possíveis efeitos colaterais da vacina, mas se você opta por não vacinar tem os efeitos e às vezes até a mortalidade que esse vírus causa.”

Cristina Maria Miranda Bello, Bacharel em Ciências biológicas – microbiologia, mestre em Ciências pela UFMG e pós-graduada em neurociências aplicada à educação e psicanálise explica que “Grandes partes dessas reações adversas refletem uma resposta do sistema imunológico.” O que significa que a maioria dos efeitos colaterais são apenas efeitos locais que demonstram que o sistema imunológico está trabalhando. 

Vivian, mãe de um menino de 6 anos, também é a favor da vacina. “É uma questão de consciência a favor da ciência. Eu entendo a vacina como mais um avanço em busca da cura, acredito que ela possa proteger de forma eficaz ou pelo menos abrandar a reação e a propagação do vírus.”

Ela ainda afirma que “Não culpo ninguém que não queira vacinar seus filhos, tendo em vista que recebemos muita informação contra, a gente recebe mais informações contra do que a favor da vacinação em menores de 12 anos.”

Cristina ainda enfatiza para a população que a vacinação é uma proteção coletiva e não apenas individual. “Então, quando você tem uma população de crianças enorme, como no Brasil, quando vacinamos essa população diminuímos a carga viral circulante. Você não protege apenas o vacinado, mas também a coletividade”, explica.

No final das contas os pais devem decidir se preferem arriscar deixar os filhos sem as vacinas e completamente indefesos contra o vírus, ou lhes darem a chance da  imunidade, contra a covid-19.

Essa matéria é uma parceria com o projeto de extensão “COVID 19: informação científica, desmistificação de fake news, incentivo a vacinação e promoção à saúde” da Faculdade de Medicina de Barbacena.