Os Grupos
de Oração Universitários têm como objetivo promover um encontro entre os alunos
para praticarem sua fé. Como grande parte dos estudantes se deparam com certas
dificuldades ao ingressarem na universidade, muitos deles buscam suporte nas
orações e nas amizades feitas durante esses encontros. Na Universidade Federal
de São João del-Rei (UFSJ) existem dois grupos de oração: o Grupo de Oração
Universitário (GOU), de cunho católico, e a Comunidade Evangélica Universitária
(CEU).
O GOU
surgiu em São João del-Rei com a finalidade de praticar o lema “Um sonho de
amor para o mundo”, explica Maria de Ázara, líder do grupo no Campus Tancredo
Neves (CTAN). Essa iniciativa visa também “ser uma
oportunidade para aqueles que sentem a vontade de viver, no período da
universidade, uma experiência com Deus”, relatou Gisele Muniz, líder no Campus
Dom Bosco (CDB).
Já os
adeptos da religião evangélica contam com o apoio do grupo CEU, que surgiu “da
necessidade de acolher os universitários que chegavam, procurando dar a eles
suporte e facilidades em São João del-Rei”. É o que informou Marlon
Alexander, coordenador do grupo há 2 anos. Segundo ele, além de as reuniões
serem momentos de evangelização, elas focam também em “praticar a vivência de
família, pois a caminhada para formar é difícil e, para quem está longe de
casa, esse é um espaço para viver como família e fazer amizades”.
O número de
universitários espíritas na UFSJ também é grande, mas ainda não há um grupo de oração
espeífico. A aluna espírita Suellen Cruz, do curso de jornalismo, afirma que
“é mais fácil trabalhar a espiritualidade na juventude do que em uma fase
de vida mais difícil, turbulenta, uma fase mais adulta”. Por isso, Suellen
conta que aprovaria um possível grupo de sua religião na Universidade.
A UFSJ
compreende também uma parcela considerável de universitários que adotam uma
postura laica. O aluno Victor Totino é ateu e defende a ideia de que o meio
acadêmico deve se manter imparcial quanto à religião. Segundo ele, não é
adequado “misturar nem ensino e nem ciência com religião. São coisas que não
caminham juntas e, com certeza, a universidade deve se manter mais imparcial do
que já é”, avalia.
Entretanto,
Victor se mantém imparcial em relação aos grupos religiosos já existentes, uma
vez que “as pessoas são livres para fazer o que quiserem. Assim como
existem grupos de estudos, podem existir grupos de oração”. Ele finaliza,
afirmando que “a universidade não pode interferir nesse meio”.

Com a
grande diversidade religiosa dentro da Universidade, a criação de um grupo
ecumênico poderia ser uma forma de abranger todas as manifestações religiosas, contudo
esse é um tema conflitante. Mônica, líder da GOU no Campus Santo Antônio, opina
que “seria ótimo para a gente partilhar essa fé de acreditar em Deus, mas cada
grupo tem sua identidade”. Por outro lado, Suellen Cruz acredita que um grupo
ecumênico seria uma boa alternativa, afirmando ainda que o grupo deveria se
expandir para a comunidade. “Acho que o que gera respeito, gera harmonização”,
conclui. 
VAN / Fernanda Almeida; Julia Benatti; Larissa Garcia
Foto: Fernanda Almeida

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