Evento também busca conscientizar as crianças de SJDR sobre os perigos do cerol

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O campo do Siderúrgica localizado no bairro Matosinhos está recebendo o 1° Festival de Pipas, evento que conta com diversas atrações, como oficina para confecção de pipas, exibição de filmes e ainda um campeonato em quatro categorias. O festival, que é uma realização do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), começou no dia 13 e vai até amanhã, 18. Um representante do corpo de bombeiros também esteve presente no local dando uma palestra sobre o perigo do uso de cerol e a prática de soltar papagaios em locais com fios de alta tensão.

Crianças e adolescentes participam destes seis dias de festival que tem como tema “Diversão,sim. Cerol, não”. Além de brincar e se conscientizar, eles têm a oportunidade de aprender sobre a história da pipa. Para a instrutora socioeducativa do CRAS e uma das coordenadoras do evento, Layla Pires, mostrar para as crianças que o objeto de brincadeira tem uma história é muito importante:

“Nós contamos para eles sobre a história das pipas, de como elas surgiram. Eles ficaram surpresos com as informações. É também um trabalho de conscientização. Nós levamos um rapaz que teve um braço amputado por conta do uso do cerol, para mostrar o perigo que é usar o cerol ao soltar pipa”.

O idealizador do festival, João Paulo, que também é professor de capoeira no CRAS, afirmou que a ideia veio ao observar o quanto os jovens gostam da brincadeira: “Às vezes, no meio da aula caía uma pipa e eu via que todo mundo saía correndo atrás, e eu não tinha nem como chamar atenção”. João Paulo acrescentou que o festival também tem o objetivo de tirar as crianças das ruas nesse período de férias. “Infelizmente essa região tem vários pontos de venda de drogas, então trazer essas crianças para um local fechado é um meio de eles não estarem tão presentes no meio dessa realidade”.

Claudio Cândido de 16 anos foi um dos participantes do festival. Cândido disse que sempre soltou pipa, mas tem aprendido muita coisa nos últimos dias. “Antes pipa pra mim era só diversão, eu não tinha ideia da história e nem do perigo que tem o uso do cerol. Agora eu entendo e todas essas crianças aqui sabem que a brincadeira pode acabar por causa de uma bobeira nossa”.

Texto: Thobias Vieira

Foto: Pedro Henrique Negrão/Divulgação

 

 

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