A vitória marca um dos principais capítulos da era SAF do clube são-joanense

Por Lucas Simões e Tomaz Jaeger

Torcida comemorando a permanência do clube após o jogo. Foto: Lucas Simões

No último domingo (23), o Athletic entrou em campo pela última rodada do Brasileirão Série B, lutando contra o rebaixamento e contra o lanterna Paysandu. O time são-joanense começou a partida dependendo somente de si para se manter na segunda divisão do futebol brasileiro, sem que os resultados dos jogos do Botafogo-SP e da Ferroviária-SP pudessem o afetar.

Entretanto, o roteiro desse fim de campeonato foi emocionante. Aos 8 minutos, Petterson abriu o placar para o Paysandu e, ao mesmo tempo lá no Paraná, o time da Ferroviária marcou seu primeiro gol com Netinho. Nesse momento, essa combinação de resultados fazia com que o esquadrão de aço fosse rebaixado para a Série C. Após o alvinegro perder algumas oportunidades de empate, os placares de ambas as partidas permaneceram até o final do primeiro tempo.

Na volta do intervalo, com a torcida aflita em ver seu time cair em casa, os jogadores entraram determinados a mudar esse cenário. Um destaque é merecido para uma substituição do técnico do Athletic, Rui Duarte. O jogador cabo verdiano Alessio da Cruz entrou em campo, e aos 32 minutos, de cabeça marcou o gol de empate do esquadrão. Ao mesmo tempo, no Paraná novamente, uma ação mudou o rumo do time alvinegro: o Operário-PR empatou contra a Ferroviária, salvando o Athletic.

No entanto, o final dessa história não foi positiva apenas pela performance alheia. O camisa 37 do time são-joanense, aos 42 minutos da segunda etapa, virou o placar fazendo seu segundo gol e consagrando-se herói da partida. No apagar das luzes então, o Athletic fechou com chave de ouro sua temporada 2025. O time terminou como 15º colocado da Série B, com 44 pontos, 12 vitórias, 8 empates e 18 derrotas.

Alessio da Cruz marcou dois gols na partida e foi o herói do Athletic. Foto: Reprodução/ X @athleticclubmg

A permanência na segunda divisão não foi só um momento de alívio, mas também uma prova de que o Athletic, mesmo pressionado e vivendo uma crise nesta era SAF, soube se reconstruir dentro de campo. A vitória coroou o esforço coletivo, selou a despedida de um ídolo e mostrou que o clube ainda tem fôlego para sonhar alto. Depois do apito final, o técnico Rui Duarte resumiu o sentimento geral: “Conseguimos de virada. Com um espírito incrível e inacreditável destes jogadores, conseguimos atingir nosso objetivo”.

Pelo perspectiva da diretoria alvinegra, a confiança nunca deixou de existir. O presidente da SAF, Thales Soares, reafirmou essa postura ao dizer que “nunca passou pela cabeça cair.” A frase traduz o espírito de resiliência que levou o time a virar um jogo que parecia perdido e garantir, diante de sua torcida, o direito de seguir na Série B em 2026. Com emoção, um herói improvável e a sensação de dever cumprido, o Athletic encerrou assim o ano de 2025.