Por Yanni Santana e Geovane Carvalho

Essa frase, dita por Fábio Mineiro, presidente do clube, na coletiva de imprensa após a derrota para o Volta Redonda, soa quase como uma confissão. Mas quem poderia culpá-los? O Esquadrão de Aço de São João del-Rei foi, durante os últimos anos, uma locomotiva imparável, escalando divisões com a serenidade de quem conhece bem o destino final.

Fábio Mineiro (diretor do Athletic) em homenagem aos jogadores do Hexacampeonato do clube.
Fábio Mineiro em homenagem aos jogadores do Hexacampeonato do clube.
Foto: Geovane Carvalho

Tudo começou em 25 de maio de 2018, quando o Athletic voltou ao futebol profissional, um retorno discreto, mas cheio de esperança. O primeiro grande passo foi dado em 20 de outubro do mesmo ano, com o acesso ao Módulo 2. A partir daí, a palavra “derrota” foi ficando cada vez mais distante do vocabulário dessa torcida.

Em 29 de novembro de 2020, veio o acesso à elite do Campeonato Mineiro. E então, em 7 de março de 2022, o Esquadrão garantiu sua vaga na Série D de 2023. Para muitos clubes, esses momentos já seriam ápices, feitos que constariam para sempre em suas histórias. Mas, para o Athletic, eles pareciam apenas paradas intermediárias em uma jornada muito maior.

O apogeu chegou no inesquecível 5 de outubro de 2024, quando o Athletic cravou sua bandeira na Série B do Campeonato Brasileiro. Em apenas seis anos, o clube percorreu um caminho que muitos outros passam décadas tentando alcançar, se é que algum dia conseguem.

A derrota para o Volta Redonda na final da Série C? Um pequeno tropeço, que com o tempo será mais uma nota de rodapé, esquecida pela torcida, que só terá olhos para o presente brilhante: a Série B. Afinal, o Athletic perdeu apenas seis vezes durante toda a competição e, essa última queda, dificilmente será capaz de apagar o brilho da ascensão.

Torcedor do Athletic sob forte chuva no estádio.
Torcedor do Athletic sob forte chuva no estádio. Foto: Geovane Carvalho

No entanto, fica a pergunta: como manter uma torcida que se acostumou a vencer, a subir divisões, sempre à espera do próximo feito? O torcedor do Athletic pode estar mal acostumado, sim, mas quem poderia culpá-lo? Que continue assim: engajado, orgulhoso e sempre em busca de novas conquistas. Que esse costume de vitórias não se perca.

Torcida do Esquadrão de Aço na final da Série C.
Torcida do Esquadrão de Aço na final da Série . Foto: Geovane Carvalho