Por Giulianna Andrade

Era 7 de setembro, e, mais uma vez, o Brasil se vestia de verde e amarelo, parando para celebrar uma data que, no fundo, representa algo mais profundo do que apenas um feriado. Mas, se olharmos com atenção, essa “Independência ou Morte” pode parecer um pouco distante para muitos de nós.

Ao longo dos anos, o grito de 1822 tornou-se um símbolo, não só de um rompimento político, mas também de uma aspiração que, para muitos brasileiros, ainda está longe de ser concretizada. Nós vemos as ruas movimentadas com desfiles e bandeiras, mas a verdade é que a liberdade prometida ainda é um ideal que muitos continuam a buscar.

Hoje, a luta pela independência do Brasil vai além das questões políticas. É uma batalha contínua contra a desigualdade, a injustiça e a opressão que muitos enfrentam diariamente. O verdadeiro sentido de ser livre não está apenas no ato histórico de separar-se de uma nação colonial, mas na conquista diária do direito de viver plenamente e com dignidade.

Dom Pedro I montado no cavalo.
Imagem: Reprodução/Arte Migalhas

O grito do Ipiranga, que um dia ecoou pela margem de um riacho, agora se espalha pelas ruas e corações do país. Naquela época, a independência era sobre se separar de Portugal; hoje, é sobre romper as barreiras que ainda limitam nosso potencial. Talvez a verdadeira independência que buscamos seja um processo interminável, um caminho que ainda estamos trilhando.

Que esta data nos convide a refletir sobre nosso papel nessa jornada. É um dia de olhar não só para os reflexos do passado, mas também para as chances futuras, e perguntar a nós mesmos o que podemos fazer para tornar a liberdade uma realidade tangível para todos. Pois, afinal, a independência não é um destino fixo, mas um caminho constante que exige nossa dedicação e esperança contínua. É na força coletiva, com coragem, até mesmo nas pequenas ações do dia a dia, que podemos mudar e fazer a diferença.