Na tarde da quinta-feira, dia 17 de maio, o DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) organizou uma manifestação em apoio à greve dos professores e defesa de questões como a destinação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação, a manutenção das bolsas da instituição durante o período de greve e a suspensão do calendário acadêmico. A manifestação que começou por volta das 13h em frente ao Centro Cultural da UFSJ, no centro histórico de São João del-Rei, contava com aproximadamente 150 estudantes, segundo dados do DCE.
      Por volta das 15h, o grupo dirigiu-se a pé ao campus Santo Antônio da UFSJ, carregando cartazes e faixas enquanto protestavam dizendo “O professor é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”. Às 16h os manifestantes se concentraram no pátio do campus, onde organizaram uma assembleia estudantil para discutir as questões e votarem nas propostas apresentadas.
      Durante a assembleia, diversos Centros Acadêmicos se manifestaram, dentre eles os centros de Geografia, Física, História, Psicologia, Arquitetura, Filosofia, Administração de Empresas e Teatro. Além das propostas já apresentadas, discutiu-se também a questão da reposição de aulas, que deveria ser feita com qualidade, e uma possível adesão dos alunos a greve. O que de fato aconteceu e se mantém até o momento.
O Movimento
      Segundo o secretário de comunicação do DCE-UFSJ, Filipe Rodrigues, a assembleia surgiu a partir da decisão dos professores de entrar em greve e a necessidade dos estudantes de também se posicionarem. “A nossa ideia é que não acabe, mas a gente sabe que para os próximos dias a tendência é os estudantes irem para casa, por questões inclusive econômicas”, explicou. De qualquer forma, atentou para todos “se interarem do que tem acontecido, para se informarem bem para que o posicionamento seja embasado com informações da realidade, sempre com muito respeito com as reivindicações e a luta dos professores”. Filipe também sugeriu que os estudantes acessem o blog do DCE-UFSJ para mais informações.
      “A greve dos alunos já foi aprovada em Sete Lagoas e em Ouro Branco. E aqui a gente também está trazendo esse apoio, vários cursos também já aprovaram a greve dos estudantes”, explica a estudante de economia, Mahara Silva, 22 anos. “A partir dos apontamentos que a gente teve aqui hoje, a gente vai agir para legitimar isso, e tornar real”, concluiu.
A Greve dos docentes
      A professora Maria Rita Rocha do Carmo, do Departamento de Matemática, Estatística e Ciências da Computação (DEMAT), e vice-presidente da Adfunrei, contou que dos 20 professores que compõem o comando de greve da UFSJ, um sempre estará em Brasília compondo o comando nacional e informando-os. Além disso, relatou que todas as quintas-feiras haverá uma assembleia do corpo docente e, semanalmente, seminários abertos para a discussão da luta pela comunidade interna. “A gente, na verdade, está lutando para preservar o maior patrimônio social que é uma educação de qualidade”, acrescentou.
      Reportagem: Luana Levenhagen.
      Fotos: Maria Catarina Carvalho.

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