Às vésperas da implementação da Reforma Trabalhista e a iminência de votação para
aprovação da Reforma Previdenciária motivou a paralisação parcial dos trabalhos da
Universidade Federal de São João del-Rei e levou movimento à rua

 

Movidos pela aprovação da reforma trabalhista, que entrará em vigor neste sábado (11),
trabalhadores sindicalistas e estudantes organizaram ato em São João del-Rei. Além da
reforma trabalhista, a manifestação teve como pauta a reforma previdenciária e o grito contra o atual Governo Federal e suas recentes propostas.

Jordano Carvalho dos Santos, secretário Geral do sindicato dos metalúrgicos de São João del-Rei, listou os movimentos e sindicatos que participaram da manifestação: Participaram hoje o DCE da UFSJ, SINDMetal (Sindicato dos Metalúrgicos de São João del-Rei), ADUFSJ, Sindsufsj, Sindicato dos servidores públicos municipais de Santa Cruz de Minas, Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Sindicato dos trabalhadores da construção civil, o Movimento de mulheres em lutas e o sindicato dos trabalhadores de transportes rodoviários de São João del-Rei.”

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Durante a passeata os manifestantes fizeram parada em frente ao prédio da previdência social, onde discursaram a respeito do atual cenário brasileiro. Foto/VAN: Yasmim Nascimento

Para o professor André Nogueira de Ávila, a pauta da manifestação é a insatisfação dos
trabalhadores com as possíveis consequências das reformas: “A nossa luta hoje é pela
revogação da reforma trabalhista e contra a reforma da previdência que está para ser discutida e aprovada no congresso, esse é o ponto central. Também é contra todos os ataques que o atual governo vem fazendo com os trabalhadores”. Ele ainda completa dizendo que existe também uma grande insatisfação com as diversas instâncias do atual governo: “A mobilização principal é pelos direitos conseguidos ao longo da história e que temos perdido e mobilizar os trabalhadores para derrubar esse governo que não representa os interesses da classe trabalhadora, inclusive o congresso e o senado.

 

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Wilson Camilo Chaves professor e presidente da Seção Sindical dos docentes da UFSJ
(ADUFSJ) levanta a educação como outro ponto importante da manifestação: “Os ataques
que o atual governo vem provocando estão deixando a escola pública com os dias contados, seja ela no nível superior, no nível médio e no nível fundamental. Na medida que você corta verbas, você retira esse direito do trabalhador e privilegia a iniciativa privada.”, afirma.

O estudante Wesley Fernando Rodrigues de Souza classificou o tamanho do ato como
“pequeno, mas totalmente legítimo” e elencou contou um dos motivos que acredita ter levado ao movimento: “ A consciência social que é hegemônica no sistema capitalista, faz com que as relações jurídicas e as relações de poder, no caso o Estado, coloquem o ser humano em posição de subserviência, dá-se migalhas para que esse pessoal fique mais tranquilo. Ele também apontou outro fator que interferiu no tamanho da manifestação: “Há também uma ação midiática muito forte, porque a mídia é uma fração da burguesia”.

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Manifestantes caminham pelo centro de São João del-Rei em ato pacífico. – Fotos/VAN: Marcos Coelho

Apesar de marcado para ter início às 16:00h desta sexta-feira (10), o movimento começou por volta das 17:00h com concentração em frente ao Coreto Maestro João Cavalcanti. Uma parada foi feita em frente ao prédio da Previdência Social, onde os manifestantes fizeram discursos e reivindicações. A caminhada seguiu até o Campus Santo Antônio da
Universidade Federal de São João del-Rei, onde foi finalizada, próximo ás 18:00h.

Texto/VAN: Marcos Coelho, Yasmim Nascimento
Fotos/VAN: Marcos Coelho e Yasmim Nascimento

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