Religiosidade e tradição marcam festa em honra a Santo Antônio
Devotos celebram dia do santo casamenteiro.
Há cinquenta anos, a Paróquia de São Francisco de Assis celebra a festa em honra ao padroeiro Santo Antônio. Entre os dias 31 de maio a 13 de junho, aconteceram as festividades com missas para o santo. Foram treze dias de orações em homenagem ao padroeiro da paróquia, que contou com a participação das comunidades. A tradicional comemoração é marcada por forte religiosidade e grandes celebrações na igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes.
Nascido em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto do ano de 1195, Santo Antônio é conhecido popularmente como santo casamenteiro e defensor dos pobres. Reza a lenda que o santo recebeu essas referências pois certa vez, em Nápoles, havia uma moça cuja família não podia pagar seu dote para se casar. Desesperada, a jovem ajoelhada aos pés da imagem de santo e se pôs a clamar, logo após isso, a moça consegue com um comerciante o peso em moedas de prata referente a quantidade do dote e pôde se casar.
Durante a trezena, a igreja ficou repleta de fiéis e a celebração contou com a participação da banda Santa Cecília que abrilhantou ainda mais a cerimônia com louvores durante as missas, que foram ministradas pelos frades franciscanos.
O dia 13 de junho é considerado o dia maior da festa, neste dia a programação é extensa, com missas durante todo o dia, bênçãos e distribuição de pães ungidos, com procissão com a imagem do santo.
O frei Gilberto Martins Custódio – que é pároco, explica um pouco sobre o tema deste ano: “nós estamos refletindo dentro dessa trezena Santo Antônio a vocação, amor, esperança, partilha. Este é o sinal da vocação de Antônio e de nossa vocação na vivência do amor, da esperança e da partilha nos dias de hoje”. E ele ressalta a importância das orações para as famílias e os jovens, “pois é através das famílias que nascem as vocações, de viver realmente essa esperança na vida e na caminhada nossa de todos os dias”.
“Todos os anos eu participo de todas as missas, sou muito devota de Santo Antônio e essa é uma forma de agradecer pelos milagres alcançados”, conta Maria do Carmo de 72 anos que há 35 anos participa da solenidade.
Já Dona Cecília relata: ”venho as missas em honra a Santo Antônio há 5 anos, e todo ano eu levo o pão ungido e coloco na lata de arroz lá de casa, porque traz fartura, esse santo é muito milagroso”.
A festa contou com barracas de alimentação e de víspora todos os dias depois das celebrações.
TEXTO/VAN: Bárbara Morais e Tatiana Silva
FOTO/VAN: Bárbara Morais e Tatiana Silva