Moradores de Tiradentes criticam eventos locais
Moradores da cidade de Tiradentes (MG)
afirmam se sentirem excluídos de grandes eventos da cidade, como o Festival de
Cultura e Gastronomia, que acontecerá até 1º de setembro.
afirmam se sentirem excluídos de grandes eventos da cidade, como o Festival de
Cultura e Gastronomia, que acontecerá até 1º de setembro.
De acordo com Maria de Fátima
Constantino dos Santos, auxiliar de serviços gerais, “o festival é bom porque
traz muito turista para a cidade. Mas é tudo muito caro, não dá para ir e
sentar naqueles bares. A única festa que participo é a da Santíssima e as daqui
do bairro”, comenta ela.
Constantino dos Santos, auxiliar de serviços gerais, “o festival é bom porque
traz muito turista para a cidade. Mas é tudo muito caro, não dá para ir e
sentar naqueles bares. A única festa que participo é a da Santíssima e as daqui
do bairro”, comenta ela.
A 16º edição do Festival Cultura e
Gastronomia, que teve inicio sexta-feira, 23, trouxe para a cidade uma
programação cultural intensa e diversificada. São vários festins (jantares,
banquetes) produzidos por chefs renomados do Brasil e do exterior, além
de shows, espetáculos teatrais, exposições, palestras, lançamentos de livros e
cursos.
Gastronomia, que teve inicio sexta-feira, 23, trouxe para a cidade uma
programação cultural intensa e diversificada. São vários festins (jantares,
banquetes) produzidos por chefs renomados do Brasil e do exterior, além
de shows, espetáculos teatrais, exposições, palestras, lançamentos de livros e
cursos.
Todos os eventos de música e artes
cênicas, bem como parte dos eventos especiais que estão na programação do
festival, são gratuitos. Entretanto, Aparecida, que é moradora da zona rural e
tem como algumas de suas atividades capinar lotes e cuidar de jardins, não
participa do evento.
cênicas, bem como parte dos eventos especiais que estão na programação do
festival, são gratuitos. Entretanto, Aparecida, que é moradora da zona rural e
tem como algumas de suas atividades capinar lotes e cuidar de jardins, não
participa do evento.
Aparecida conta que um dos poucos
festivais a que gosta de ir é o Encontro de Motos, porque, segundo ela, “dá
muita latinha, então eu fico os 3 dias até 4 horas da madrugada, catando latinha”.
festivais a que gosta de ir é o Encontro de Motos, porque, segundo ela, “dá
muita latinha, então eu fico os 3 dias até 4 horas da madrugada, catando latinha”.
O artesão Marcus Geraldo Gomes, que
faz suas obras em lata, alega apreciar o festival, embora não participe. Ele
afirma: “eu vejo pela televisão, não tenho tempo para ir no centro. A comida é
cara, mas tem muita coisa para ver. Acho que a gastronomia traz muito turista,
isso é bom para a cidade. Ela fica conhecida”, declara Marcus Geraldo.
faz suas obras em lata, alega apreciar o festival, embora não participe. Ele
afirma: “eu vejo pela televisão, não tenho tempo para ir no centro. A comida é
cara, mas tem muita coisa para ver. Acho que a gastronomia traz muito turista,
isso é bom para a cidade. Ela fica conhecida”, declara Marcus Geraldo.
Fátima Moura, pintora moradora do
centro da cidade, disse que participou de edições anteriores e que gostou muito
dos cursos que fez. Entretanto, não tem ido mais. Isso porque “antes o festival
interagia mais com a cidade. Hoje em dia, o festival não é mais para pessoas da
cidade, mas apenas para turistas, donos de pousadas e bares. O festival é como
se fizessem uma festa na sua casa e você não participasse”, critica Fátima
Moura.
centro da cidade, disse que participou de edições anteriores e que gostou muito
dos cursos que fez. Entretanto, não tem ido mais. Isso porque “antes o festival
interagia mais com a cidade. Hoje em dia, o festival não é mais para pessoas da
cidade, mas apenas para turistas, donos de pousadas e bares. O festival é como
se fizessem uma festa na sua casa e você não participasse”, critica Fátima
Moura.
Os relatos destes moradores contribuem
para a confirmação dos dados mostrados no Atlas de Desenvolvimento Humano no
Brasil 2013. Embora a cidade de Tiradentes apresente o IDHM (Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal) alto (0,740), ocupe o 59º lugar em relação
aos 853 outros municípios de Minas Gerais e tenha renda per capita de R$
802,39, a cidade apresenta altos índices de desigualdade social. Dados indicam
que 20% da população mais pobre do município detém apenas 3,89% da renda total,
enquanto os 20% mais ricos detém 63,34%.
para a confirmação dos dados mostrados no Atlas de Desenvolvimento Humano no
Brasil 2013. Embora a cidade de Tiradentes apresente o IDHM (Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal) alto (0,740), ocupe o 59º lugar em relação
aos 853 outros municípios de Minas Gerais e tenha renda per capita de R$
802,39, a cidade apresenta altos índices de desigualdade social. Dados indicam
que 20% da população mais pobre do município detém apenas 3,89% da renda total,
enquanto os 20% mais ricos detém 63,34%.
VAN/Sílvia Reis
Foto: José Paulo Guimarães