Assembleia busca medidas para solucionar problemas na ciclovia do CTAN
Organização revela dificuldade em descobrir o responsável pela via
Na última quinta-feira, 28, aconteceu a segunda Assembleia da Ciclovia, que busca formas para solucionar os problemas existentes na Avenida Visconde do Rio Preto. Estudantes e professores de diversos cursos participaram do evento. A intenção era verificar se as medidas propostas na primeira assembleia foram realizadas.
O estudante de Arquitetura e Urbanismo e membro da coordenação do evento, Elson Borges, preocupa-se com o comprometimento da Prefeitura e da Universidade Federal de São João del-Rei. “Acho que mobilidade urbana, em geral, não é o foco da prefeitura. A universidade até se posicionou, mas não assumiu compromisso de longo prazo”, relata.
As assessorias da Prefeitura e da UFSJ relataram que os danos e os outros problemas da ciclovia não são de suas competências. A Universidade se disponibilizou a realizar uma limpeza na ciclovia, que ocorreu na segunda-feira, 18, entretanto não se responsabilizou pela manutenção da mesma. Após esse comunicado, nem a Prefeitura e nem a Universidade se manifestaram novamente.
A falta de informações gera entraves para os organizadores da Assembleia, como descobrir quem é o responsável pela ciclovia. Segundo a estudante de Zootecnia e idealizadora do projeto, Ângela Gonçalves, é necessário esclarecer quem é o responsável legal, pois nenhuma instituição fará algo que não for sua atribuição. Para o membro da coordenação do evento, Luan Augusto, outro problema enfrentado é a falta de apoio dos próprios estudantes e centros acadêmicos. “Precisamos do suporte dos estudantes, de divulgação vinda dos Centros Aacadêmicos. Falta interesse por parte dos alunos”, revela.
A sujeira da ciclovia e a falta de manutenção não são os únicos problemas que prejudicam ciclistas, pedestres e deficientes físicos. A falta de iluminação e de segurança, o vazamento do esgoto vindo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFET), a alta velocidade dos veículos na Avenida, a ausência de redutores de velocidade, a lama de resíduos da obra do Expominas, os deslizamentos de terra provenientes da Rua Albérico Rezende, e a mata que ocupa a calçada também são fatores graves apontados pelos estudantes e professores da Universidade.
A organização do evento está aberta para aqueles que se interessarem e quiserem fazer parte do movimento. Existe um grupo público no Facebook dos membros da organização, alunos, professores e outros interessados pelo projeto.
TEXTO/VAN: Marcela Amorim