FOTO: ARQUIVO PESSOAL/CLÉLIO LEMOS
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Clélio Lemos é natural de Paramirim na Bahia e formado em Engenharia Florestal pela UFRB. O artista passou uma temporada de um ano em São João del-Rei e sobre a sua vinda para a “terra onde os sinos falam”, descreve: “ Quis viver a experiência de estar longe da família. Me virar. Tentar concurso público numa área que é mais propícia para tal. Tentar encontrar caras doidos que gostassem de fazer um som massa e tentar montar uma banda. Tudo deu certo, praticamente. Só não tive uma banda”.

Apaixonado por música, Clélio revela-se eclético, “de Beatles a Beethoven, passando pelo jazz, indierock, bossa nova, tudo que me toque em melodia”, conta.  

Sua afinidade com a arte surgiu ainda na infância quando, segundo ele, costumava rabiscar nas folhas de caderno letras de canções que ele próprio compunha, além de desenhos e revistas em quadrinhos de roteiro de sua autoria.

Por incentivo do irmão mais velho, Clélio tomou conhecimento dos Beatles, que futuramente seria uma das influências no som de sua Banda The Gins. A arte está no sangue. “Música e literatura sempre foi por minha conta. Como dizemos aqui na Bahia, “meti as cara”, fui com tudo, esforço e perseverança. Foi assim que aprendi a compor e escrever essas coisas que já são meu estilo, já têm assinatura Clélio Lemos”, ressalta o artista.

Clélio também é poeta
Clélio também é poeta

Clélio tem quatro livros publicados. Retratos em Moldura poética (2013 – poesia), Palavra Minha (2014 – poesia), Fim de Mundo e suas Trovoadas (2014 – contos) e Poemas de Risco e Sacada Rápida (2015 – poesia), além de ter participado de uma antologia poética em 2006 (Novos Talentos da editora Mar de Ideias).

Suas referências literárias englobam no gênero poesia, Shakespeare, Bilac, Quintana, Leminski, Menotti del Picchia, Manoel de Barros. Já na prosa Goethe, Balzac, Dostoievsky, Tchekov, Flaubert, Jorge Amado, Garcia Marquez e Steinbeck.

Seu talento não se restringe apenas à música e literatura. Clélio se aventura em expressar-se através do desenho e da pintura, e para o aperfeiçoamento de suas aptidões, fez curso na área na Escola de Belas artes de João Bosco. Clélio realizou duas exposições em São João del-Rei, sendo uma no Barteliê e outra no espaço Fernando Magno: “A arte representa a minha própria persona. Eu sou feito de arte. Sempre estou pensando num verso, numa melodia. A arte é uma extensão do meu corpo, tão ou mais imprescindível quanto uma perna ou um braço”.

O Surgimento da Banda The Gins

Como surgiu a banda e qual seu papel dentro dela?

Espontaneamente. Numa tarde qualquer de qualquer semana de 2013, Caio Braga veio me visitar e pediu para que eu gravasse uma música sua em minha casa. Naquela época eu tinha adquirido uma placa de som e um microfone condensador, coisa chique para a época (rsrsrs). Ele sabia que eu vinha gravando músicas autorais, pois eu as colocava na net. Daí então lhe perguntei “por que não gravamos algo juntos?” e mais tarde num chat do Facebook já estávamos escolhendo o nome do projeto musical, que foi batizado de The Gins!, devido a uma garrafa de gim que ele tinha trazido em sua mochila naquela tarde qualquer de qualquer semana de 2013. O nome foi sugerido por mim. Meu papel dentro da banda era de cantor e de compositor junto com Caio Braga.

Quais foram os momentos memoráveis da Banda?

Um show memorável foi quando tocamos pela primeira vez. Eu sempre fui muito tímido. Precisei beber meia garrafa de gim para conseguir subir no palco. Nosso som era influenciado visivelmente pelos anos 60, mas nossa atitude desde sempre foi punk. Nesse dia eu tava tocando com tanto gosto a meia-lua, que até sangrei meu dedos. Mas o show não parou. E foi gim e rock n roll até o fim!

Confira a página de Clélio no Facebook clicando aqui.

TEXTO/VAN: THAIS ANDRESSA

FOTO: ARQUIVO PESSOAL/CLÉLIO LEMOS

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